A descoberta da existência de uma mina de cobre em Cachoeira provocou um grande alvoroço na Capitania da Bahia, no ano de 1782. O então governador, Marquês de Valença, comunicou oficialmente o fato a Martinho de Melo e Castro, Ministro do Ultramar, encarregado pelo Governo da Metrópole de administrar todas as terras fora do Reino. O governador enviou a Portugal a amostra colhida no Vale do Iguape, onde ficavam os principais engenhos de cana-de-açúcar da Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira. Mais tarde outras amostras, maiores ainda, foram enviadas a Portugal, para serem analisadas. Uma das peças pesava 82 arrobas e 10 libras e foi descrita pelo cientista Domingos Vandelli, diretor do Real Museu de Lisboa, como sendo uma "massa enorme de cobre nativo, que pela sua riqueza se fez digna de toda estimação e como tal se acha colocada no Museu de Lisboa e não é das menores raridades que nele se encerra". E mais: "Internamente é de cor vermelha, como o melhor cobre purificado e como ele é maleável e dúctil. Não contém ouro, porque a água fervente o dissolve perfeitamente e por ter a sua origem no vitríolo de cobre,etc". Apesar de diversas iniciativas feitas nos anos seguintes, nunca houve efetivamente exploração comercial do cobre em Cachoeira.
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A documentação está registrada nos Anais da Biblioteca Nacional volume 34 pg 515, publicado no ano de 1912
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