Os jornais sempre foram a forma encontrada pelos cidadãos para se manifestarem e pedirem providências às autoridades contra fatos e acontecimentos que lhes tragam constrangimentos. No ano de 1900 o cidadão cachoeirano Feliciano de Cerqueira Couto escreveu uma carta ao jornal A ORDEM, pedindo providências enérgicas à autoridade policial contra uma mulher "crioula" conhecida como "Maria Zoião", que o desacatava com xingamentos. Ameaçando recorrer diretamente ao Chefe da Segurança Pública se providências não fossem tomadas, o reclamante usa uma linguagem rebuscada para relatar que, mesmo sendo um pacato pai de família que vive entregue "ao labor diurno, esforçando-me para cumprir com meus múltiplos deveres", sofre diariamente desacatos da "mentecapta" que era o terror dos vizinhos, na Rua 13 de Maio.
(clique na imagem para facilitar a leitura)Esta e outras notícias sobre negros na Bahia estão no site O NEGRO NA IMPRENSA BAIANA NO SÉCULO XX (http://www.negronaimprensa.ceao.ufba.br) mantido pelo Centro de Estudos Afro Orientais da Universidade Federal da Bahia (UFBa), que reúne uma vasta documentação sobre o conteúdo de diversos jornais baianos na abordagem da temática negra.
Este site tem o propósito de constituir um repertório de fontes da primeira década do século XX, no que se refere a notícias de temática racial, seja através de matérias sobre outros países ou, em maior número, à população afro-brasileira, suas manifestações culturais como sambas, batuques, candomblés, capoeira e entidades carnavalescas, a inserção no mercado de trabalho, através de anúncio de emprego com relevância ao aspecto racial, causas de doenças, mortes, linguagem do cotidiano que remetem à característica dessa população, as suas entidades políticas e condições sociais. (Palavras do Professor Jocélio Teles dos Santos, do Departamento de Antropologia da UFBa)
Este site tem o propósito de constituir um repertório de fontes da primeira década do século XX, no que se refere a notícias de temática racial, seja através de matérias sobre outros países ou, em maior número, à população afro-brasileira, suas manifestações culturais como sambas, batuques, candomblés, capoeira e entidades carnavalescas, a inserção no mercado de trabalho, através de anúncio de emprego com relevância ao aspecto racial, causas de doenças, mortes, linguagem do cotidiano que remetem à característica dessa população, as suas entidades políticas e condições sociais. (Palavras do Professor Jocélio Teles dos Santos, do Departamento de Antropologia da UFBa)
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