Em 22 de maio de 1872 o então Presidente da Província da Bahia, João Antonio de Araújo Freitas Henrique, sancionou uma lei aprovada pela Assembleia Provincial, autorizando a Irmandade de Nossa Senhora da Ajuda a criar loterias destinadas a arrecadar recursos para sua manutenção. O ato oficial foi publicado no jornal "Correio da Bahia", em sua edição de 5 de junho daquele ano. A Irmandade da Ajuda é uma das mais antigas de Cachoeira, tendo sido criada em 1818, e até hoje mantém-se em plena atividade.
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Já a Capela de Nossa Senhora da Ajuda, onde a irmandade está sediada até hoje, é a construção mais antiga de Cachoeira, sendo datada do início do Século XVII. Em torno da Capela - erguida para o culto a Nossa Senhora do Rosário - e do engenho de açúcar da família Adorno foi criado o povoado que deu origem à Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, criada em 1698. Mais tarde, com a construção da nova Igreja Matriz de Cachoeira, a capela foi dedicada ao culto a Nossa Senhora da Ajuda e ali nasceram a própria irmandade e o ensino da música em Cachoeira, de que resultou a Orquestra da Ajuda, origem das primeiras filarmônicas do interior da Bahia.
A história da Capela da Ajuda é citada no livro "O SEMEADOR DE ORQUESTRAS - História de um Maestro Abolicionista", de Jorge Ramos. Transcrevemos a seguir o trecho onde é feita a referência à criação da Irmandade da Ajuda. O autor fala anteriormente dos métodos da catequisação feita pelos jesuítas, que utilizavam instrumentos musicais para se aproximar dos índios e impor a fé cristã.
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