No meu livro "O SEMEADOR DE ORQUESTRAS - História de um Maestro Abolicionista", em que apresento a biografia do músico cachoeirano Tranquilino Bastos (1850-1935) e traço um panorama histórico e socio-cultural de Cachoeira, descrevo como foi o Carnaval na cidade no ano de 1922. Estávamos a poucos meses da eleição presidencial (naquele tempo, em maio) e a disputa política que se travava no país foi o componente que dominou a festa. Naquele ano disputavam o cargo de Presidente da República o mineiro Artur Bernardes, que acabaria vencendo, e o carioca Nilo Peçanha. As forças políticas predominantes na cidade eram lideradas pelo jornalista e empresário Durval Chagas, que apoiava Nilo, e o deputado federal Ubaldino de Assis, defensor da candidatura Bernardes.
A seguir, reproduzo o trecho do livro em que descrevo como a cidade estava se preparando para o Carnaval daquele ano, segundo relato "parcial" feito pelo jornal A ORDEM, de propriedade de Durval Chagas. O jornal aproveitou a oportunidade para tentar desmoralizar a candidatura de Artur Bernardes, chamado pejorativamente de "Seu Mé", por causa do seu notório pendor para consumir a legítima cachaça mineira. O artigo dá uma ideia precisa do cenário cultural e social de Cachoeira.
(clique na imagem para facilitar a leitura)
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