No dia 13 de março de 1891 um grave atentado à liberdade de imprensa foi praticado em Cachoeira contra o jornal "O GUARANY", que teve a sua oficina gráfica invadida por forças policiais e um dos seus redatores agredidos pessoalmente pelo delegado municipal. O fato ganhou repercussão nacional, tendo sido divulgado pelo jornal "O BRASIL", editado no Rio de Janeiro, que no dia 19 reproduziu na íntegra artigo publicado pelo jornal "O ESTADO DA BAHIA". Em "O PEQUENO JORNAL" e no "DIÁRIO DE NOTÍCIAS", ambos de Salvador, também saíram matérias a respeito desse episódio. Na época, "O GUARANY" alinhava-se ideologicamente com o Partido Liberal, que rivalizava com o Partido Conservador, então no poder em âmbito estadual através do governador José Gonçalves. Certamente, daí a descrença em providências concretas, por parte das autoridades, para punir os responsáveis por esta "afronta". O jornal cita o governador e o Chefe da Polícia, Pedro Mariani, como co-responsáveis pelo atentado, apontando a prática de responder com atos de violência e usar a força pública para reprimir críticas de adversários políticos. Mas, ainda assim, reclama providências para garantir a liberdade de expressão, direito assegurado na primeira Constituição da era republicana, que acabara de ser promulgada naquele mesmo ano.
Aqui são registrados documentos de toda ordem, pesquisas,leituras, citações e referências de caráter historiográfico sobre a cidade de Cachoeira (BA).Pretendemos divulgar todo e qualquer trabalho existente em compêndios e alfarrábios, citando esta "Cidade Monumento Nacional", com seu valioso acervo arquitetônico,cultural e artístico. O VAPOR DE CACHOEIRA pretende ser um fiel depositário de impressões históricas sobre Cachoeira e o Recôncavo Baiano.
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