terça-feira, 17 de maio de 2011

ENGENHO DE CACHOEIRA INOVA E CRIA TECNOLOGIA PARA FABRICO DE ACÚCAR

Cena de um engenho de cana-de-açucar no Brasil Colonial
No final do século XVIII um senhor de engenho do Vale do Iguape, em Cachoeira, iniciou pesquisas para o aproveitamento do bagaço de cana como combustível para queima nas fornalhas e assim aumentar a produção do seu fabrico de açúcar. Manoel Jacinto de Almeida fez várias experiências que resultaram em tecnologias inovadoras, como a mudança de métodos e procedimentos e o aproveitamento do bagaço seco da cana, que antes era rejeitado, e assim reduzia os custos de seu engenho. Com a diminuição dos custos de produção, ele aumentava os lucros obtidos. E ainda, sem o saber, estava contribuindo também com o meio ambiente numa época em que não havia claramente nenhuma consciência deste conceito. Pois, além de aproveitar o bagaço da cana, que até então era descartado no solo como resíduo inservível, o novo método reduzia drasticamente o consumo da madeira nativa retirada das matas brasileiras. Inclusive  o desmatamento já era uma nascente preocupação pois ao final o artigo aponta que muitos "engenhos  há já anos não faziam assucar porque não tendo já matas..."

Alguns anos mais tarde, quando a experiência já dava resultados concretos, a tecnologia inovadora  foi anunciada em "O Patriota", um "jornal literário,  político e mercantil do Rio de Janeiro", que divulgava os inventos e avanços da "sciencia e das artes" do Brasil e do mundo.  No artigo "Memórias sobre as novas fornalhas para cozer o assucar com o bagaço, inventadas pelo Dr. Manoel Jacinto de Almeida. Por Frei Archangelo de Ancona, missionário apostólico", publicado em setembro de 1813, o jornal descreve o processo desenvolvido em Cachoeira, apontando "as incalculáveis vantagens  para todo o Brazil" e lamenta não ver apoio à iniciativa. Mas a nova tecnologia foi mais tarde plenamente absorvida no processo produtivo dos engenhos de açucar do Nordeste brasileiro. Leiam o artigo que anuncia e exalta os novos métodos de se produzir açúcar de maneira economicamente mais rentável e ambientalmente mais  sustentável.


Um comentário:

  1. SONHO QUE SE SONHA SÓ, É SÓ UM SONHO, MAS SONHO QUE SE SONHA JUNTO É REALIDADE.

    HOSPITAL GERAL DO RECÔNCAVO, VAMOS ADERIR A ESTA CAMPANHA JÁ ! MARAGOJIPE NA VEIA www.enadiocareca.blogspot.com

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