A Revista "O Malho", uma das principais publicações da história da imprensa brasileira, que se dedicava a mostrar aspectos da cultura e da política brasileiras, apresentou imagens da cidade baiana de Cachoeira em sua edição de 05 de julho de 1930, portanto há 70 anos. Aparecem, pela ordem: imagens das palmeiras imperias da atual Praça Maciel (antes da construção do Mercado); imagens da Praça Dr. Milton (confundida pelo editor da matéria com a própria Praça Maciel) onde até então eram realizadas as feiras livres da cidade; uma imagem do Rio Paraguaçu (tirada da Ponte Dom Pedro II mas atribuída aos "fundos da Praça Manoel Vitorino"); uma imagem da fábrica de tecidos "São Carlos", depois denominada Tororó; outro âmgulo da Praça Dr. Milton, tendo ao fundo o conjunto formado pela Igreja de São João de Deus e a Santa Casa de Misericórdia; e por último uma imagem da Praça Barão do Rio Branco, largo situado entre a sede da Minerva Cachoeirana e o Forum Teixeira de Freitas.
A revista "O Malho" era publicada semanalmente no Rio de Janeiro e foi criada em 1902 pelo pelo músico, ator, desenhista, cenógrafo e jornalista pernambucano Crispim do Amaral. Por suas páginas desfilaram trabalhos de grandes desenhistas e chargistas brasileiros como J. Carlos, Kalisto, Ângelo Agostini, Max Yantok e Theo. Mostrava de maneira satírica, bem humorada, e muitas vezes debochada, a política brasileira e era muito ligada aos políticos da República Velha. Antes da Revolução de 1930 a revista chegou a ridicularizar os adversários do presidente Washington Luiz. Com a vitória dos militares, a deposição do presidente, implantação da ditadura e a ascensão de Getúlio Vargas a revista teve a sua redação e oficinas invadidas e foi "empastelada", ficando sem circular por alguns meses.
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