Durante o período imperial da História do Brasil (1822-1889) o Almanaque Laemmert como era conhecido, ou oficialmente Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro foi a maior fonte de dados sobre o país. Com textos sobre a corte brasileira, os ministérios e a legislação imperial, de dados censitários e informações sobre as Províncias (atuais Estados), municípios e vilas, o Almanaque Laemmert tornou-se fonte fundamental para a compreensão do cotidiano brasileiro do século retrasado.
No ano de 1885 a edição do Almanaque Laemert trouxe o seguinte verbete sobre Cachoeira:
O texto merece algumas retificações: a Vila de Cachoeira não foi instalada em 24 de janeiro, mas em 29 de janeiro de 1698. Outro lapso foi cometido quando são destacadas as principais lideranças empresarias da cidade. O nome de Reinério Martins Ramos aparece grafado erroneamente como Romeiro. Ele era um grande exportador de fumo, couro e derivados, sendo uma das maiores fortunas da Província, com escritório em Paris. Era compadre do Coronel Ernesto Simões e padrinho do filho dele, o futuro jornalista Ernesto Simões Filho (1886-1957), que fundou em 1912 o jornal A TARDE.
Um aspecto a ser observado é a grande dimensão territorial da área de influência da Igreja Católica. Mesmo ligada à Diocese de São Salvador da Bahia, Cachoeira respondia por 11 freguesias, incluindo a de Nossa Senhora do Rosário, instalada na própria cidade.
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