Em 1914, há cem anos, um grande incêndio em Cachoeira destruiu dezesseis casas da área comercial - segundo a imprensa da época - e ameaçava se alastrar por outras casas, pondo a população em pânico. A notícia mereceu destaque na imprensa nacional e foi publicada no jornal CORREIO PAULISTANO (SP), que fez um relato dramático da situação, indicando as providências tomadas pelo governo da Bahia, comandado à época por J.J. Seabra. Como não havia ligação rodoviária entre Salvador e Cachoeira, os bombeiros de Salvador foram conduzidos através do Rio Paraguaçu, tendo chegado obviamente depois que o fogo havia sido debelado. Mas a tempo suficiente de impedir o surgimento de novos focos - o temor da população- e com o reforço da força policial que o acompanhou, evitar saques às casas. Pelo relato que chegou ao governador, o fogo teria sido iniciado no "cinematógrapho" de Cachoeira. A notícia traz ainda uma outra curiosidade histórica: o deputado federal Ubaldino de Assis, maior força política da cidade, acompanhou as forças deslocadas para Cachoeira. Na época ele era aliado incondicional de J.J. Seabra. Mais tarde viriam a ter um ruidoso rompimento político e pessoal, com cenas de violência, inclusive um tiroteio na Rua da Matriz e a invasão da Polícia à casa de Ubaldino de Assis.
Aqui são registrados documentos de toda ordem, pesquisas,leituras, citações e referências de caráter historiográfico sobre a cidade de Cachoeira (BA).Pretendemos divulgar todo e qualquer trabalho existente em compêndios e alfarrábios, citando esta "Cidade Monumento Nacional", com seu valioso acervo arquitetônico,cultural e artístico. O VAPOR DE CACHOEIRA pretende ser um fiel depositário de impressões históricas sobre Cachoeira e o Recôncavo Baiano.
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