A atuação do jornalista Sílio Boccanera Júnior (1863-1928) na imprensa cachoeirana ocorre em meados da década de 80 do século XIX. Ele morou em Cachoeira durante cinco anos, época em que exercia o cargo de secretário da Superintendência da Brazilian Imperial Central Bahia Railway, empresa que implantou e explorava o transporte ferroviário na Bahia. Sílio acabara de formar-se em Engenharia pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro , volta à Bahia e este foi seu primeiro emprego. Jovem, logo engajou-se nas causas que encantava a sua geração, principalmente a luta pela abolição da escravatura. Tinha 25 anos e já se destacava pelo dom da oratória e textos candentes que escrevia para o jornal O GUARANY, fundado e dirigido por seu amigo Augusto Motta. Quando este morre, aos 28 anos, Sílio Boccanera Jr. faz-lhe a última homenagem com este discurso pronunciado à beira do túmulo, em 28 de janeiro de 1888.
(clique nas imagens para facilitar a leitura)
Esta é a página 5 da edição especial de O GUARANY, de 9 de fevereiro de 1888. A primeira após a morte de Augusto Motta e totalmente dedicada a ele. Outros panegíricos e textos laudatórios foram escritos por Cincinato Franca, Genésio Pitanga, Cardoso de Faria e L. Leal.
Eis a primeira página desta edição do jornal:
Sua intervenção na polêmica do O Guarany foi crucial. De um lado, você salvou minha pele porque não encontrei no meu arquivo digitalizado o jornal O Guarany com o texto de Sílio e isso me comprometia. Por outro lado, seu comentário foi como um tiro de misericórdia à sanha do senhor Andrezza Celestino de Souza. Gostei da sua impiedade. Gostei da intervenção de Robson do Val també. Obrigado, irmão. Sim, vamos à luta, sempre. Peço-lhe autorização para publicar a matéria sobre o guarany publicado neste blog. Obrigado.
ResponderExcluirQuero aproveitar a oportunidade para lhe dizer que não consegui abrir o arquivo que me mandou com o seu discurso. Ele é BRoffice e nem todo mundo tem. Queria publicar no Cachoeira Online. Mas li neste blog.