A deposição do Imperador D. Pedro II e a implantação da República, no dia 15 de Novembro de 1889, é um dos episódios mais conhecidos de nosssa história, com diversos estudos e pesquisas baseados na farta documentação existente e na abundante iconografia. Com o fim da monarquia o Brasil iniciou uma nova era de sua história política, marcada por golpes de estado - como o próprio episódio da Proclamação - revoluções, ditaduras e alguns períodos de normalidade democrática. Mas não deixou de ser traumática a mudança do regime monárquico constitucional para o republicano federativo.
Em Cachoeira, na época ainda uma das cidades mais importantes da Bahia, embora já sem o esplendor do passado, a chegada do novo regime surpreendeu a todos, como aliás em todo o país. Mas as forças políticas logo agiram no sentido de aderir aos "vitoriosos". Na narrativa do advogado, jornalista e historiador, Aristides Milton, a cidade logo se adaptou à novas circunstâncias. Assim está registrado no livro Ephemérides Cachoeiranas, publicado no ano de 1904. Para ele, que durante o Império ocupou vários cargos tendo sido inclusive nomeado para governar a Província de Alagoas e que talvez por gratidão à monarquia tenha sido o último a assinar a lista de presentes, a República - por ter sido implantada através de um golpe militar, que portanto feriu a Constituição - trouxe uma "ditacdura" liderada pelo Marechal Dedooro da Fonseca.
Segundo o cronista histórico cachoeirano, "o povo e a câmara" aderiram formalmente ao novo regime através de uma sessão especial realizada no dia 20 de novembro, na sede da Câmara Municipal, mesmo prédio onde aliás o Imperador Dom Pedro I fora aclamado Imperador 67 anos antes. Cabe um esclarecimento: o "Barão de Belém" citado como presidente da Câmara não é o Cel. Rodrigo Brandão, herói da Guerra da Independência (que morrera em 1855) e sim o 2º Barão de Belém. Confira a "acta" da sessão histórica:
Segundo o cronista histórico cachoeirano, "o povo e a câmara" aderiram formalmente ao novo regime através de uma sessão especial realizada no dia 20 de novembro, na sede da Câmara Municipal, mesmo prédio onde aliás o Imperador Dom Pedro I fora aclamado Imperador 67 anos antes. Cabe um esclarecimento: o "Barão de Belém" citado como presidente da Câmara não é o Cel. Rodrigo Brandão, herói da Guerra da Independência (que morrera em 1855) e sim o 2º Barão de Belém. Confira a "acta" da sessão histórica:
(clique nas imagens para facilitar a leitura)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça um comentário