Tranquilino Bastos, fundador da Euterpe Ceciliana |
Em 22 de novembro de 1870 era criada em Cachoeira (BA) a filarmônica Sociedade Euterpe Ceciliana, primeiro nome da atual Sociedade Cultural Orpheica Lyra Ceciliana, fundada na sacristia da Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Monte, logo após o encerramento dos festejos em louvor a Santa Cecília, a padroeira dos músicos, que desde então passou a ser objeto de devoção da filarmônica.
O principal articulador da criação da Euterpe - nome de uma das nove musas da mitologia grega, patrona da música - foi Manoel Tranquilino Bastos (1850-1935), então com 20 anos e seu primeiro regente e mestre de banda. A Euterpe Ceciliana foi o primeiro nome da Lyra Ceciliana, a segunda filarmônica mais antiga da Bahia em plena atividade, aos 140 anos de existência. A mudança do nome ocorreu em 1890 quando das comemorações pelo primeiro aniversário da Lei Áurea, que acabou a escravidão no Brasil. Desde essa época a Lyra Ceciliana comemora o 13 de Maio como sua data magna, mas a fundação de fato ocorreu em 22 de novembro de 1870, conforme consta das anotações feitas a mão pelo próprio Tranquilino em seus cadernos de anotações:"Mais tarde criei a banda musical da Sociedade Euterpe Ceciliana e sua orchestra religiosa". A formação original da Euterpe reunia predominantemente negros e mulatos que em meio aos seus afazeres de artífices e trabalhadores braçais arranjam tempo para aprender a manusear um instrumento e ter aulas de música com o próprio regente e professor. Mas o que unia a todos era a causa abolicionista.
O principal articulador da criação da Euterpe - nome de uma das nove musas da mitologia grega, patrona da música - foi Manoel Tranquilino Bastos (1850-1935), então com 20 anos e seu primeiro regente e mestre de banda. A Euterpe Ceciliana foi o primeiro nome da Lyra Ceciliana, a segunda filarmônica mais antiga da Bahia em plena atividade, aos 140 anos de existência. A mudança do nome ocorreu em 1890 quando das comemorações pelo primeiro aniversário da Lei Áurea, que acabou a escravidão no Brasil. Desde essa época a Lyra Ceciliana comemora o 13 de Maio como sua data magna, mas a fundação de fato ocorreu em 22 de novembro de 1870, conforme consta das anotações feitas a mão pelo próprio Tranquilino em seus cadernos de anotações:"Mais tarde criei a banda musical da Sociedade Euterpe Ceciliana e sua orchestra religiosa". A formação original da Euterpe reunia predominantemente negros e mulatos que em meio aos seus afazeres de artífices e trabalhadores braçais arranjam tempo para aprender a manusear um instrumento e ter aulas de música com o próprio regente e professor. Mas o que unia a todos era a causa abolicionista.
Muitos dos fundadores da nova filarmônica já tinham um passado musical, como integrantes do Coro de Santa Cecília que animava as missas e novenas da própria Igreja do Monte. O próprio Tranquilino Bastos ainda adolescente havia criado o Recreio Cachoeirano, grupo musical que animava festas na cidade. Outra experiência fora a participação na Banda Marcial de São Benedito, também formada majoritariamente por negros e que atuava na Igreja da Ajuda, a primeira construída em Cachoeira, entre os anos 1640 e 1650. Lá, foram hostilizados pelo pessoal da Orchestra da Ajuda, a primeira corporação religiosa surgida em Cachoeira, no ano de 1801, e ligada aos senhores de engenho, a elite escravocrata. de Cachoeira. A rivalidade entre as duas entidades levou à ruptura, com direito a ação na Justiça impetrada pela Banda Marcial São Benedito para reaver bens materiais que foram sequestrados pela Orchestra da Ajuda.
Essa é a origem da rivalidade histórica entra a Lyra Ceciliana, fundada por egressos da Banda Marcial São Benedito e a Minerva Cachoeirana, que veio a ser sucessora da
Obs: É livre a transcrição, desde que seja citada a fonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça um comentário