Presépio armado por D. Gisélia Ramos, em Cachoeira (1955) (Arquivo da família) |
Confiram o "post" do Blog do Rio Vermelho:
PRESÉPIO DA FAMÍLIA RAMOS, BONITO DE SE VER ".Um dos mais bonitos presépios montados em casa é sem dúvida o de Jorginho Ramos, jornalista, morador do Rio Vermelho, responsável em dar seguimento à tradição da família há 55 anos. Confira abaixo a história desse presépio contada pelo próprio Jorginho.
"O presépio é uma tradição da família Ramos há 55 anos. A minha mãe armou a primeira vez em 1955, ano em que nasci, em Cachoeira. Na ampla sala de um sobrado colonial o presépio era armado por toda a família. Era uma festa e recebíamos em casa centenas de visitantes. Era um ritual.
Na década de 90 quando minha mãe ficou doente e impossibilitada fisicamente, resolvi manter a tradição e montava um presépio menor em meu apartamento. Com o tempo ele foi crescendo e adquirindo peças e mais peças, inclusive presépios pequenos feitos em madeira, palha, vidro, barro, louça, fibra e todo tipo de material. Os amigos se encarregaram de trazer mais e mais presépios de toda parte do mundo. Hoje existem nele, presépios e elementos de mais de 10 países, entre os quais Angola, Portugal, Espanha, Croácia, Itália, Chile, Argentina, Israel. E mais, presépios de toda parte do Brasil e nos mais diversos formatos. São quase cinquenta presépios , que com a centena de outros elementos (miniaturas de animais, objetos e de pessoas principalmente...) formam um vasto e amplo painel, com paisagens brasileiras. Tem até uma miniatura em chumbo de Machado de Assis, que coloco visitando um dos presépios. Certamente, o bruxo de nossas letras estava inspirado no ambiente natalino ao escrever o clássico Missa do Galo, um dos grandes momentos de nossa literatura.
Além disso desenvolvi uma tecnologia própria , com prateleiras leves e módulos ajustáveis que se encaixam facilmente e não precisam de furos na parede para se sustentarem. Elas sustentam umas às outras e são montadas já com uma iluminação cênica nos seis andares do presépio (cada uma de uma cor). A montagem do presépio dura em média duas semanas e a cada ano há sempre novidades. A renovação é uma das marcas desse presépio que é armado por toda a família.
Também fazemos casinhas de papelão e peças de artesanato que são utilizadas na recriação de ambientes. Acho importante manter essa tradição porque ela agrega não só a família, mas parentes e amigos que vêm visitá-lo. E a representação do nascimento de Cristo é uma autentica tradição luso-brasileira , ligada à cultura e à nossa formação religiosa, que precisa ser resgatada. Do presépio original restam três peças (biscuits)."
Jorginho, você sempre tão dedicado. Vou aparecer para conferir esse iluminado presépio. Parabéns!!!!!!!!!!
ResponderExcluirCaro amigo Jorginho, apesar de gostar mui de teconologia, não consigo entrar no blog por vc criado para deixar cometários. Mais uma vez tivemos a oportunidade de apreciar o vislumbrante présepio da [também] nossa saudosa e considerada 'mãe' Gisélia Ramos, bem com a informação que em abril próximo vc estará lançando um livro sobre o Maestro Tranqulino Bastos. Ficamos feliz por vcs.
ResponderExcluirCaro Jorge, estou lendo e relendo inúmeros livros (históricos) que dizem respeitos ao Recõncavo e á Raça Negra: A Formação do Candomblé - História e ritual da ñação jeje na Bahia, de Luis Nicolau Parés, ed. Unicamp, em que o autor cita, inúmeras vezes, o pesquisador Luiz Cláudio do Nascimento (Cacau) e salvo melhor juízo, também faz referência, ao Músico Revolucionário Tranquilino Bastos (referido leivro fala sobre a Igreja doMonte e Stª Cecila, O Monte Pio dos Artistas Cachoeiranos, e como surgiram as Filarmônicas Sociedade Orféica Lira Ceciliane a Minerva Cachoeirana etc); o Livro Um contraponto baiano: acuçar, fumo, mandioca e escravidão no Recôncavo - 1780-1860, B. J. Barickman, ed. Civilização Brasileira; O Espetáculo das Raças, cientistas, insatituições e questão racial no Brasil, Lila Moritz Schwarcz, ed. Comapnhia das Letras; Algazarra nas Ruas - comemorações da independência da Bahia (1889-1923), Wlamyra R. de Albuquerque; ed. Unicamp; Rebelião Escrava no Brasil - A história do levante dos Malés em 1835, João José Reis, Ed. Companhia das Letras etc etc etc porquanto são vários livros que tenho adquirido sobre esses temas nos últimos anos, sem prejuízo da minha atividade judicante.]
Gostria de manter contato também com Cacau, se possível informe a ele meu e-mail.
Espero contato com você.
Um forte abraço e feliz 2011.
Enéas Rocha e família.
Caríssimo Enéas:
ResponderExcluirAgradeço muito suas belas palavras. É muito saber que mesmo distante, aí em Pernambuco, você não esquece de suas origens - o Recôncavo - e nossa querida Cachoeira. São leituras muitos boas e vão lhe acrescentar muito em termos de conhecimemnto, assim como fizeram comigo. Cacau, que já tem ciência do seu endereço eletrônico, em breve entrará em contato com você. Um abraço e lembranças a todos de sua cad vez mais crescente família.