No desenho de Tom Maia, a graciosidade da Igreja do Monte |
A comunidade católica de Cachoeira celebra com novenário e festejos solenes - no dia 8 de Dezembro - a festa em louvor a Nossa Senhora da Conceição do Monte. Trata-se de uma das mais antigas devoções da cidade, havendo registros de que a festa já era realizada no Século XVIII, mais exatamente em 1746 , ou seja há pelo menos 264 anos. O seu templo, num dos locais mais aprazíveis da cidade, é um dos monumentos mais expressivos da arquitetura colonial de Cachoeira. Nele, coexistiram a própria Irmandade da Conceição do Monte e também as devoções a São Benedito - responsável pela Banda Marcial, uma das primeiras filarmônicas de Cachoeira - e a Santa Cecília, existente até hoje. Foi na sacristia da Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Monte que em 1870 o músico Tranquilino Bastos criou a segunda filarmônica mais antiga da Bahia, a Sociedade Cultural Orpheica Lyra Ceciliana.
Sobre o templo, Aristides Milton (1848-1904) no clássico "Ephemerides Cachoeiranas" revela que "... em 1746 ficou prompta a Casa de Oração, que alguns devotos levantaram no logar conhecido como Monte e foi consagrada à Conceição de Nossa Senhora. O capitão José Gonçalves Fiúsa edificou depois, no dicto sítiouma Capella de que fez doaçãoà mesma Virgem, no anno de 1874. Debaixo da administração de Manuel Freire de Almeida, entretanto, novas obras foram iniciadas para aformosear esse templo, que em 1796 estavam quasi concluídas. Mas, ao devoto Antonio José Bellas coube a fortuna de pôr-lhes o devido remate.
Contudo, só em 1846 se poude construir a torre da mesma egreja, graças ao zelo dos mezarios da respectiva irmandade, dentre os quais muito salientou-se o capitão José Antonio Dantas, fallecido em 1893 na villa de São Gonçalo dos Campos."
Em 1866 o cachoeirano Epiphânio Meirelles (1833-1872), que era subdelegado e um profundo conhecedor e pesquisador da história de Cachoeira, escreveu um resumo histórico sobre a cidade, a pedido de Alexandre José de Mello Moraes (1816-1882), que o incluiu em seu livro Brasil Histórico. Nesse documento, cujos originais estão na Biblioteca Nacional (RJ), Epiphânio Meirelles descreve, entre outros monumentos, a Igreja do Monte:
Obs: É LIVRE A TRANSCRIÇÃO DESDE QUE SEJA CITADA A FONTE
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