sábado, 15 de janeiro de 2011

MARAGOJIPE ATENDE PEDIDO DE CACHOEIRA E TAMBÉM ACLAMA DOM PEDRO "DEFENSOR PERPÉTUO DO BRASIL"

D. Pedro foi aclamado Defensor Perpétuo do Brasil
 Em 29 de junho de 1822 a Câmara da Vila de Maragojipe  atendeu a um apelo da Câmara de Cachoeira e aclamou o Príncipe Regente, Dom Pedro de Alcântara, Defensor Perpétuo do Brasil. Era a adesão da vila à causa da independência do Brasil. Quatro dias antes, em 25 de Junho, Cachoeira havia feito a aclamação e no mesmo dia a vila foi bombardeada por uma embarcação canhoneira portuguesa, ancorada no Rio Paraguaçu. Os cachoeiranos reagiram, tomaram a barca de assalto e prenderam  toda a tripulação, que fora  enviada pelo General Madeira de Melo, comandante militar da Bahia,  justamente para reprimir qualquer tentativa  de proclamar o Príncipe Regente. Foi o início da luta armada pela Independência do Brasil, criando-se na vila uma Junta Provisória que enviou correspondência  às demais vilas da Província para que também aclamassem o Príncipe Regente.

As câmaras das vilas coloniais tiveram papel relevante e decisivo no processo de independência do Brasil. Através delas foi manifestada a vontade do povo, do clero, dos  senhores de engenho, comerciantes, militares e sobretudo das lideranças políticas das respectivas províncias. Na Bahia, o passo inicial foi dado na Vila de Santo Amaro da Purificação, em 14 de junho de 1822, quando a Câmara  local se reuniu em sessão extraordinária para responder a uma carta-consulta enviada pelos  deputados baianos nas Cortes de Lisboa. Os constituintes baianos indagavam às câmaras das vilas baianas  que forma de governo deveria ser determinada para o Brasil e Santo Amaro aprovou a proposta de um centro de poder político sediado no Rio de Janeiro. 

A aclamação pela Vila de São Bartholomeu  de Maragojipe  foi  uma das primeiras consequências da atitude  dos cachoeiranos e significou também o rompimento com  Portugal.  Eis a ata da sessão histórica, publicada na Gazeta do Rio de Janeiro,  em 10 de setembro de 1822, exatamente três dias depois da Proclamação da Independência,  feita  por Dom Pedro em São Paulo. Na Bahia, os portugueses reagiram à Independência, que só foi consolidada em 2 de Julho de 1823, após um ano de batalhas em terra e mar.   

(É livre a transcrição mas pede-se que, por honestidade, seja citada a fonte) 

 

2 comentários:

  1. É sempre bom saber mais..legal

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  2. Jorge Ramos, parabéns pelo seu trabalho de resgate desses fatos historicos que não estão nos livros sobre a nossa historia. Parabéns! Siga em frente sempre trazendo novas informações.

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