sexta-feira, 23 de setembro de 2011

RECÔNCAVO : A BASE ECONÔMICA DA BAHIA DURANTE O PERÍODO COLONIAL

O documento abaixo, cujo inteiro teor se encontra arquivado na Torre do Tombo, em Lisboa, traz uma descrição da economia do Recôncavo Baiano ao final do século 18. Foi enviado pelo governo da Província ao Conselho Ultramarino, órgão da estrutura do Reino de Portugal encarregado de administrar as colônias.O texto abaixo foi publicado nos Anais da Biblioteca Nacional, edição Nº 36, publicada em 1914,  no qual consta o Inventário dos Documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar, organizado por Eduardo de Castro e Almeida.

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Todos os produtos gerados  no Recôncavo eram transportados através de seus rios -  Subaé, Paraguaçu e Jaguaribe - e alcançavam o "o porto da Bahia". As principais mercadorias eram "víveres", ou seja, produtos alimentícios, o que evidencia que Salvador, então uma das maiores cidades do Hemisfério Sul,  dependia do Recôncavo para ser abastecida.

Cachoeira,vista de São Félix (início do Sec. 19).  O transporte hidroviário-merítimo  garantia o escoamento da  produção do Recôncavo para abastecer Salvador de "víveres" e exportar açúcar e fumo para a Europa. 
O intenso movimento de barcos e saveiros - é  estimado em mais de uma centena  o número de viagens semanais -  transportando a  produção nativa e,  na volta, levando para as vilas e povoações as "mercadorias de Portugal"  fazia com que cidades como Cachoeira fossem importantes entrepostos comerciais.  Essa  atividade econômica fez do Recôncavo Baiano uma das regiões mais importantes durante o Brasil Colonial.

Em outro documento, emitido um ano depois, o mesmo governador escreve a D. Rodrigo de Souza Coutinho, administrador do Conselho Ultramarino, para informar acerca do fluxo de comércio entre a Metrópole e a Colônia. Era uma resposta a outra correpondência,  na qual o Reino determinava o aumento desse intercâmbio comercial. O governador expõe, com muita clareza, as dificuldades  que os tecidos e vinhos, principais ítens da pauta de importações,  enfrentavam na Colônia. Ao tempo em que faz um balanço da produção colonial de açúcar e tabaco, e da então nascente lavoura do algodão, no Brasil.

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