No ano de 1759, com a prisão e a expulsão dos jesuítas do Brasil, e confisco de todos os seus bens, medidas determinadas pelo poderoso Marques de Pombal - a figura mais controversa da história de Portugal e que mandava de fato, com métodos tirânicos, no reinado de D. José I - criou-se um impasse na Colônia: o que fazer do ensino ? Até então o Reino de Portugal tinha dado plenos e exclusivos poderes, nesta e em outras áreas de atuação, aos padres da Companhia de Jesus. Poucos dias antes da expulsão dos jesuítas, em 3 de setembro daquele ano, Portugal teve de tomar medidas urgentes e emitiu um alvará determinando a implantação urgente de um novo método de ensino, abolindo radicalmente o modelo de ensino até então adotado no Brasil. Essa foi uma das mais importantes reformas implantadas pelo Marques de Pombal, que ficou conhecido para a posteridade como o "déspota esclarecido", pois apesar dos métodos empregados aproximou Portugal das nações mais modernas e avançadas da Europa, diminuindo a influência religiosa nos assuntos de Estado. A reforma pombalina na Educação começou a ser implantada na Bahia, mais precisamente na Cidade de Salvador, até então Capital do Brasil, e na Vila de Cachoeira. É o que está contido neste documento, uma carta do desembargador Thomaz Roby de Barros Barreto, encarregado de implantar as novas diretrizes educacionais. O alvará fora emitido em 28 de julho e nesta carta prestando contas da missão, o desembargador explica porque resolveu iniciar pela Bahia a reforma do ensino no Brasil.
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Anais da Biblioteca Nacional (Ano 1906),Vol. 31, Pags 375/376 |
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