Em 18 de junho de 1789 a Câmara da Vila de Cachoeira escreveu diretamente à Rainha de Portugal, D. Maria I, uma representação pedindo a recuperação urgente do prédio onde funcionava a própria câmara e a cadeia, que se encontrava em "completa ruína". No pedido, era feita ainda um apelo para a criação de um "imposto de passagem no Peruassú" (Rio Paraguaçu) afim de aumentar a receita da vila. O documento teve despacho favorável do Ouvidor Geral e Provedor da comarca, Joaquim Manoel de Campos, e foi acompanhado de um termo da vistoria, onde se constatou as condições precárias em que o prédio se encontrava. Nessa época, Dona Maria I ainda não tinha adquirido a doença mental (ou ela não tinha ainda se manifestado...) que a afastaria do trono, sendo substituído por Dom João VI, como Príncipe Regente. Ela acompanhou - sem saber do que se tratava - toda a corte na fuga para o Brasil em 1808. Morreu no Rio de Janeiro em 1816, sendo o único soberano europeu enterrado fora do continente.
Dona Maria I, Rainha de Portugal entre 1777 e 1816. Em seu reinado foi enforcado Tiradentes. Ela morreu louca e foi sucedida pelo filho, Dom João VI. |
Prédio da Câmara de Cachoeira |
Um documento de presidente da província, que parece ser da mesma época, exigia que os vereadores consertassem o prédio da câmara, que se encontrava em ruínas e com o assoalho danificado. Muito interessante o documento que vc publica, porque mostra o interesse que se tinha com as coisas públicas.
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