quarta-feira, 3 de julho de 2013

NOVAS TÉCNICAS DE PLANTIO IMPULSIONAM A CULTURA DO FUMO EM CACHOEIRA NO PERÍODO COLONIAL.

A cultura do fumo, uma das bases da economia do Recôncavo Baiano ainda durante o período colonial e até meados da década de 40 do Século XX,  ganhou um notável impulso em 1757 com a implantação de novas técnicas do plantio e processamento das folhas de tabaco. A Villa de Cachoeira,  com suas vastas plantações e a maior produção fumageira do Brasil Colônia, foi escolhida para receber as experiências inovadoras para adoção das modernas técnicas, que à época já haviam sido testadas com sucesso nas colônias inglesas (Estados Unidos), francesas e holandesas. O principal agente responsável por essa nova fase da cultura do fumo,  que visava principalmente melhorar a qualidade e aumentar a produção, visando a exportação, era o cidadão espanhol André Moreno, que veio pessalmente a Cachoeira ensinar as novas técnicas. A notícia foi comunicada pelo então Vice-Rei do Brasil, o Conde dos Arcos, a Sebastião José de Carvalho e Mello (18699-1782), o Marquês de Pombal, todo poderoso Ministro do Rei D. José I. Apesar de oficialmente exercer apenas o cargo de Secretário de Estado do Reino, ele é quem,  efetivamente, concentrava o poder político, militar e diplomático, sendo uma das figuras mais carismáticas e controversas da História de Portugal. Ele é considerado o "déspota esclarecido",  modelo de governante que exerce o poder de forma tirânica, exaltando o absolutismo, ao mesmo tempo em que implanta reformas radicais inspiradas pelos ideais de progresso, reforma e filantropia, valores criados a partir do Iluminismo.  Pombal acabou a escravidão  em Portugal (mas não nas colônias),  anulou o poder dos jesuítas, expulsando-os dos domínios portugueses, e promoveu reformas radicais no sistema econômico e educacional, livrando-os da influência medieval. E era aberto às novas ideias na economia, nas ciências e nas artes. 



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