O jornal A TARDE em sua edição de 23 de agosto publica, na página 2, um artigo assinado pelo editor deste blog sobre a desfiguração que a tradicional Festa da Boa Morte vem sofrendo nos últimos anos, à revelia da tradicional irmandade. Nele, conclamamos os diversos segmentos da comunidade e autoridades a discutir formas de evitar que a festa perca suas características e seja carnavalizada. O objetivo deste artigo foi trazer o tema para reflexão e debate. Sugerimos que a Câmara de Vereadores de Cachoeira realize, tão logo seja possível, uma audiência pública para discutir, com a presença de representantes da Irmandade, do poder público e da sociedade em geral, medidas capazes de tornar a Festa da Boa Morte algo que seja digno de sua importância cultural para a cidade, com a dimensão que ela possui, de patrimônio imaterial da Bahia, e a sua merecida dimensão internacional
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Caro Jorge
ResponderExcluirCumprimento-lhe pelo clarividente e indispensável artigo de hoje no jornal A Tarde, a respeito da festa da Boa Morte, traduzindo uma visão ética, descontaminada de interesses políticos, paroquiais ou pecuniários e comprometida com a preservação da autenticidade da cultura e valores que alicerçam os rituais da Irmandade. Eu estava na festa e testemunhei os desvios e omissões por vc apontados, e faço votos de que a voz do eminente jornalista e escritor, longe de clamar no deserto, conclame a opinião pública à resistência e a cobrança de atitudes às reservas morais que porventura restem nas esferas públicas diretamente relacionadas.
Neste final de semana retornei para fazer uma matéria sobre e com Mateus Aleuia para o Mosaico, e a imersão na cultura da cidade aumentou a paixão já existente. Não é difícil entender por que tantos gostam de Cachoeira e tbm gostam, é claro, daqueles que a defendem. Passamos na Ceciliana e o prof. Raimundo, ao discorrer sobre o maestro Tranquilino Bastos, realçou a importância do seu livro para o repertório cultural da cidade. Aguardo o lançamento!
Abraço grande,
LUIZ AFONSO (Lula)
Caro Jorge Ramos,
ResponderExcluirFico aliviado em ver essa iniciativa, pois este ano a Festa da Boa Morte, que projeta nossa Cachoeira internacionalmente, foi agredida em sua ritualistica e na ifraestrutura que a cidade deixou muito a desejar.Houveram atrasos abusados por parte das Irmãs para o inicio das cerimonias, no dia de N. Sra. da Gloria, a Missa começou com mais de uma hora de atraso, a trdicional valsa foi realizada no limitado refeitório, pois o salão estava sendo usado para um bazar. Não houve orientação no transito, e carros invadiram as procissões e ou estacionaram nas ruas do cortejo, inclusive na porta da sede da BM onde dificultou a entrada das irmãs e o andor. Não havia santitários quimicos e a sujeira e o cheiro forte de urina impregnou o centro histórico de Cachoeira. Realmente meu amigo se não tomarem providencias a nossa joia preciosa irá se tornar bijoteria, ou seja a Boa Morte corre o risco de virar mais uma festa de largo.
Caro jornalista Jorge Rmamos: Infelizmente, de uns anos para cá , tudo na Bahia tem se transformado em manifestação carnavalesca.É preciso dar um basta nisso, de uma vez por todas. Não podemos permitir que tradições respeitáveis da nossa Cultura sejam transformadas em palcos para exibições burlescas e desrespeitosas .Carnaval tem seu espaço e tempo certos. Conte comigo nessa sua defesa intransigente da Festa da Boa Morte e outras manifestações da nossa terra e da nossa gente.
ResponderExcluirCaro Jorginho,
ResponderExcluirChocante o relato que vc faz sobre a Festa da Irmandade da Boa Morte, ou melhor, no que está se transformando. Infelizmente a Cultura baiana, principalmente fora da Bahia, está asociada a oba-oba, carnaval e cerveja. Com certeza temos muito mais que isso. Mas, em primeiro lugar, é preciso que os próprios cachoeiranos tomem consciência do valor e da importância desta festa que pode, sim, tornar-se um produto turístico, mas não para qualquer turista. É preciso focar em um público específico que, certamente, não se encaixa no perfil do rapaz de bermuda, sem camisa e lata de cerveja na mão.
Caro Jorge,ou Jorginho,realmente você foi mais uma vez feliz em declinar lamentavelmente tais fatos,sobretudo a falta do Poder público municipal,que só se preocupa com festas de largo,de mal-gosto,com atrações tipo calcinha preta e outras;a própria secretaria de cultura desconhece a essencia da festa e não tem dimensão real do evento.Infelizmente é necessário se repensar urgentemente,e preparar a cidade para receber de braços abertos os visitantes.Será que se consegue fazer isto,em meio a políticas populistas e autocentradas do governo municipal,que se considera o melhor do mundo?É digno de riso,ou de lastimar!
ResponderExcluirParabens Jorge,
ResponderExcluirBrilhante o seu artigo.
Voce teve a coragem de expor sua revolta com clareza a alto e bom som.
Muita coisa precisa ser ajustada na organização da cidade para a festa e internamente na propria irmandade.
Em tempo: a Irmandade continua aguardando o Memorial prometido pelo Governador do Estado.
Estamos no seculo XXI.
Grande Abraço
Adenor Gondim