A mais célebre imagem que retrata a epopéia da guerra pela Independência do Brasil, pintada por Antonio Parreiras (1860-1937) - após passar uma temporada em Cachoeira no ano de 1928 - é a que sintetiza, em uma única cena, os acontecimentos do dia 25 de Junho de 1822, quando a vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira foi bombardeada por tropas portuguesas após aclamar o Príncipe Regente D. Pedro de Alcântara. O episódio deflagrou a guerra pela independência do Brasil, somente consolidada em 2 de Julho de 1823.
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Parreiras exageradamente atribui ao 25 de Junho em Cachoeira uma importância maior até do que o 7 de Setembro. Segundo suas próprias palavras foi o "...movimento que, primeiro que Pedro I, deu o grito de Independência em 25 de Junho de 1822." .Ao quadro ele dá o imponente título "Primeiro passo para a Independência". Esta foi uma das obras mais representativas de Antonio Parreiras, consagrado como o maior pintor histórico brasileiro e autor de mais de uma dezena de quadros que recriam importantes episódios da história do Brasil.
Obra de Parreiras foi analisada por Valéria Salgueiro |
Em seu livro autobiográfico "História de um pintor contada por ele mesmo" e no livro que a artista plástica e professora Valéria Salgueiro, da Universidade Federal Fluminense, escreveu sobre sobre ele, estão registrados detalhes da elaboração do trabalho, que foi encomendado em 1928 pelo então governador da Bahia, Vital Soares. Parreiras veio à Bahia e foi a Cachoeira, quando conheceu o cenário do episódio a ser retratado e desenhou os primeiros croquis. Na ocasião, Parreiras recebeu orientação do professor e historiador Bernardino de Souza, secretário perpétuo do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHBa), que lhe prestou todas as informações acerca do episódio histórico.
Em Salvador ele assinou contrato com o governo do estado antes de voltar para o Rio de Janeiro, onde se dedicou ao trabalho em seu atelier, que ficava em Niterói, sua cidade natal. O quadro só ficou pronto em 1931, quando foi enviado à Bahia e exposto no Palácio Rio Branco, em Salvador. Para a cidade de Cachoeira, Parreiras pintou o mesmo quadro em versão reduzida, que se encontra no Salão Nobre da Câmara Municipal.
Parreiras se inteirou sobre a história da Bahia |
Parreiras não é generoso para com o prédio da Câmara e chama-o de "velho e feio". Certamente porque nessa época o imóvel se encontrava em péssimo estado de conservação, aparentando ser uma ruína. Mas ele se encantou com a paisagem de Cachoeira, tendo se hospedado em São Félix, do outro lado do Rio Paraguaçu. Usando de uma "licença poética", Pareiras retratou numa única cena três momentos distintos:1) a aclamação; 2)o bombardeio da vila; e 3) a lancha destruída (imagem ao fundo, na extrema direita), que não foram simultâneos, mas separados por algumas horas.
Parreiras tinha 68 anos quando foi a Cachoeira conhecer o cenário de seu famoso quadro |
Magnífico Jorginho,nesses momentos de celebração de liberdade do povo Cachoeirano e baiano.o quadro de Parreira é um emblema,um estandarte daquilo que não se pode esquecer,as lutas da independência começaram aqui,neste solo bendiido e devemos com orgulho agradecer aos atos heróicos de nossos antepasasados.
ResponderExcluirPois é! Inclusive até acho que ele é "a cara de Cachoeira". Se nos fosse dado o poder de definir a imagem dessa terra, o quadro de Parreiras ganharia disparado. É a homenagem do blog ao 25 de JUNHO ! Parabéns,Cachoeira, como diz a letra do hino da cidade, inscrevestes o seu nome "nos anis de ouro eterno , superno da História!. O verso de Sabino de Campos pode não ser lá essas coisas, mas o sentimento nele contido é justo, e dele nos orgulhamos.
ResponderExcluirREPUBLICADO, COM CORREÇÃO:
ResponderExcluirPois é! Inclusive até acho que ele é "a cara de Cachoeira". Se nos fosse dado o poder de definir a imagem dessa terra, o quadro de Parreiras ganharia disparado. É a homenagem do blog ao 25 de JUNHO ! Parabéns,Cachoeira! e Como diz a letra do hino da cidade, inscrevestes o seu nome "nos anais de ouro eterno , superno da História!". O verso de Sabino de Campos pode não ser lá essas coisas, mas o sentimento nele contido é justo, e dele nos orgulhemos.