Em 04 de outubro de 1819, portanto, há exatamente 190 anos, foi feita a viagem inaugural do "Vapor de Cachoeira", a primeira embarcação a vapor a circular na America do Sul. Foi uma revolução para a época. Ao longo das décadas seguintes esse meio de transporte impactou significativamente a vida dos baianos, não só pelo aspecto econômico mas, principalmente, pelo que ele representou para a vida social e cultural da Bahia, entre o século XIX até meados dos anos 60 do Seculo XX.
Já na época colonial partiam de São Félix partiam três estradas para o interior do Brasil: a que seguia para Minas e daí para o Rio de Janeiro; a que seguia para a província de Goiaz e a Estrada das Boiadas, que seguia, via Jacobina, até o Piauy. Assim era abastecido e desbravado o grande sertão brasileiro.
Navegando pelos vales verdejantes do Recôncavo, por entre ruínas de fortes e conventos da era colonial, foi testemunha do apogeu dos engenhos de açúcar e , em seguida, transportou as riquezas geradas pelo cultivo e industrialização do fumo, que fizeram a força econômica de Cachoeira e São Felix até a década de 1930.
O Vapor de Cachoeira levava produtos manufaturados até o Recôncavo e daí eram levados em tropas de burros - e mais tarde de trem - para o Sertão. Na rota inversa, trazia para o litoral tudo o que o sertão produzisse. No Império, foi o trem, que em Cachoeira interligava-se ao transporte fluvial, o grande impulsionador do desenvolvimento. Vir do sertão de trem até Cachoeira e daí seguir de vapor até Salvador era viagem que assumia ares de epopéia.
Já na época colonial partiam de São Félix partiam três estradas para o interior do Brasil: a que seguia para Minas e daí para o Rio de Janeiro; a que seguia para a província de Goiaz e a Estrada das Boiadas, que seguia, via Jacobina, até o Piauy. Assim era abastecido e desbravado o grande sertão brasileiro.
Navegando pelos vales verdejantes do Recôncavo, por entre ruínas de fortes e conventos da era colonial, foi testemunha do apogeu dos engenhos de açúcar e , em seguida, transportou as riquezas geradas pelo cultivo e industrialização do fumo, que fizeram a força econômica de Cachoeira e São Felix até a década de 1930.
O Vapor de Cachoeira levava produtos manufaturados até o Recôncavo e daí eram levados em tropas de burros - e mais tarde de trem - para o Sertão. Na rota inversa, trazia para o litoral tudo o que o sertão produzisse. No Império, foi o trem, que em Cachoeira interligava-se ao transporte fluvial, o grande impulsionador do desenvolvimento. Vir do sertão de trem até Cachoeira e daí seguir de vapor até Salvador era viagem que assumia ares de epopéia.
A história dele tem várias fases. Veja nesse blog em postagens anteriores, quem o construiu, como ele foi constrúido, a sua importância e alguns aspectos de sua presença no cenário econômico, social e cultural da Bahia. E assim, o Vapor de Cachoeira tornou-se lendário.
A seguir, alguns registros visuais de sua existência, que foi eternizada na música, na literatura e na riqueza de nosso folclore.
A seguir, alguns registros visuais de sua existência, que foi eternizada na música, na literatura e na riqueza de nosso folclore.
(clique nas imagens para facilitar a leitura)
A primeira embarcação (1819)
Vista panorâmica do Cais de de Cachoeira, com o navio em primeiro plano
(anos 20 do Sec. XX)
A cada partida ou chegada do "Vapor" era intenso o movimento no Cais de Cachoeira
(anos 40 de Sec. XX)
O Vapor de Cachoeira se integrava plenamente à paisagem do Vale do Paraguaçu
A última embarcação a fazer o trajeto marítimo-fluvial entre Salvador e Cachoeira foi o navio Maragojipe (foto anos 60)
Esse blog faz sucesso desde 1819...Valeu pela aula de história sobre a embarcação à vapor e sobre a cidade de Cachoeira!
ResponderExcluirO Jorginho Ramos também lê
www.descompensando.blogspot.com
Jorginho,
ResponderExcluirParabéns, este blog ficará a partir de hoje entre os meus favoritos.
Abraços
David Nascimento
Meu caro, a foto acima é de minha autoria e ela não é dos anos 60 e sim dos anos 80. Eu utilizei photoshop para envelhece-la.
ResponderExcluirPôe o crédito da foto: Jorge Dias (Buga). Sou filho de Maragojipe. Valeu!
Jorginho
ResponderExcluirJá algum tempo venho procurando uma foto do saudoso "Paraguassu" e foi com muita alegria que tive a oportunidade de encontrá-la aqui neste espaço. Fico-lhe muito grato
Abraços
João Figueiredo
CARO JORGE,
ResponderExcluirEM PRIMEIRO LUGAR, FOI UMA FELICIDADE VER UM BLOG QUE TENTA RESGATAR DE ALGUMA MANEIRA A HISTÓRIA DE UMA REGIÃO TÃO IMPORTANTE PARA O PASSADO ECONÔMICO DA BAHIA. FIQUEI EMOCIONADO COM AS FOTOS DO VAPOR ATRACADO NO CAIS DE CACHOEIRA,SÃO POUCOS OS REGISTRO DOS NAVIOS DA BAHIANA, INFELIZMENTE.
QUANTO A FOTO DO NAVIO MARAGOGIPE, ELA NÃO PODE SER DA DÉCADA DE 60, POIS NESSA ÉPOCA O ITAPARICA E O MARAGOGIPE, LEVAVAM UM PEQUENO ESCALER NA POPA, NESSA FOTO O MARAGOGIPE, LEVA NO SEU CONVÉS SUPERIOR, BOTES SALVA VIDAS, ISSO DEVE SER DA DÉCADA DE 80 OU 90.
ADICIONEI SEU BLOG AO MEU, ESPERO TROCAR INFORMAÇÕES, MEU BLOG É: NAVEGANTE SEM PORTO, NAVEGA, RUMO AO FAROL DAS ESTRELAS.
GRANDE ABRAÇO
JOSEMAR
Obrigado pelas contribuições. Qualquer colaboração, que ajude a interpretar aspectos dessa história é sempre bem vinda
ResponderExcluirFalar da linha maritima Salvador // Cachoeira, e não discrever o navio Paraguassu, e o seu comandante Dedé, e o seu imediato (chefe de maquinas) conhecido por "Caça mina", e ainda depois que o paraguassu saiu de atividade, um outro navio de pequeno porte que era chamado de Lancha São Pedro, foi que substituiu Paraguassu, e ficou ainda por um longo tempo fazendo a linha da carreira...
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