sábado, 31 de outubro de 2009

UM MONARCA EM CACHOEIRA: A RECEPÇÃO A DOM PEDRO II


 
Coroa Imperial (Imagem do Museu Imperial - Petropólis) 



Na primeira etapa de sua visita a Cachoeira, o Imperador Dom Pedro II  passou apenas uma noite. Chegou no dia 5 de novembro de 1859, às 18h30. Num pavilhão montado em frente ao cais - atualmente conhecido como Praça Teixeira de Freitas e onde está o Monumento aos heróis do 25 de Junho - o Imperador recebeu as homenagens oficiais da cidade. As  informações  foram extraídas do jornal A CACHOEIRA e constam do apêndice do livro DIÁRIO DA VIAGEM AO NORTE DO BRASIL, escrito com base nas anotações de Dom Pedro II.
  
(Obs: SSMM equivale a "Suas Majestades")
 



 
Mensagem lida pelo Presidente da Câmara Francisco Vieira Tosta (futuro Barão de Nagé)

 
No dia seginte (6) Dom Pedro II e comitiva viajaram pela estrada do Capoeiruçu até Feira de Santana, Conceição de Feira e São Gonçalo dos Campos.  Depois retornaram  a Cachoeira e cumpriram uma nova agenda de compromissos, quando conheceram igrejas e o hospital São João de Deus  e foram até São Félix e Muritiba, antes de seguir para Maragojipe.  A "cobertura completa" da segunda etapa da visita estará presente na próxima postagem.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

DOM PEDRO II VIAJA A VAPOR PELO RIO PARAGUAÇU A CAMINHO DE CACHOEIRA



Imperador D. Pedro II à época em que viajou para o Recôncavo (1859)

Há exatamente 150 anos, em 1859, o Imperador D. Pedro II, então com 34 anos e acompanhado da Imperatriz Dona Teresa Cristina e de uma vasta comitiva, realizou uma extensa viagem à região então conhecida como o Norte do Brasil (na verdade,  a visita foi ao Nordeste, expressão que não existia naquela época). O monarca saiu do Rio de Janeiro e de navio seguiu para a Província da Bahia, de onde foi para Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

O imperador, homem de notável formação intelectual e sólida cultura humanística, tinha uma grande curiosidade em conhecer o interior do país,  a gente  brasileira,  sua cultura, a economia, a história e a geografia do Brasil.  Um dos pontos visitados foi a Cachoeira de  Paulo Afonso, no Rio São Francisco. Tudo isso ele deixou registrado no Diário da Viagem ao Norte do Brasil, em que descreve as impressões captadas na excursão. Em muitos trechos do livro,  há relatos minuciosos  de paisagens que observou,  pessoas com quem dialogou  e situações que viveu. Ele visitou igrejas, hospitais, escolas, repartições públicas,  as sedes das câmaras , entidades e instituições culturais, fábricas, canaviais e engenhos, plantações de fumo, fazendas  e fábricas. Fez doações destinadas a pessoas  carentes e apoiou diversos empreendimentos.


Na Bahia, Dom Pedro II visitou Salvador e algumas cidades do Recôncavo, tendo ido a Nazaré das Farinhas,  Jaguaripe Itaparica. Depois foi para Cachoeira, Feira de Santana, São Gonçalo,   Conceição de Feira,  São Félix, Muritiba, Maragojipe, São Francisco do Conde e Santo Amaro. No trecho a seguir,  Dom Pedro II narra em seu diário de viagem  a viagem pelo Rio Paraguaçu, até Cachoeira, onde chegou na noite de 5 de novembro de 1859. No dia seguinte, logo cedo, viajaria para Feira de Santana e retornaria depois para cumprir uma extensa agenda de compromissos em Cachoeira, São Félix, Muritiba e Maragojipe.

Esclarecimentos : 1) Os números que abrem os textos referem-se aos minutos e horas, conforme foram anotados; 2) As referências entre parentêsis são esclarecidas  embaixo de cada texto.

 
(361) O  nome correto é Engenho da Ponte e pertenceu, de fato, a Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá (1762-1835), que foi senador e fez parte da Constituinte de 1823.

(362) Dom Pedro equivocou-se. Embora construído pela ordem dos franciscanos o Convento do Paraguaçu é dedicado a Santo Antônio. A confusão é comum até hoje, por ficar situado na localidade de  São Francisco, no  Iguape, região de Cachoeira onde ficavam os principais engenhos de açucar. Atualmente o Convento de Santo Antônio do Paraguaçu está  em  completa ruína.
Dom Pedro II refere-se à "baldeação", quando  a comitiva passou da embarcação em que estava para o Vapor Pirajá, que era conduzido  pelo 1º Tenente da Marinha, João Baptista de Oliveira Montaury.

(363) O engenho pertencia a Tomás Pedreira Jeremoabo.




(364) Francisco Vieira Tosta (1804-1872) era irmão do Barão de Muritiba e presidia a Câmara de Cachoeira. Após a viagem receberia título de Barão de Nagé. 

(365) Salvador Moniz Barreto de Aragão de Sousa Menezes (1789-1865) era Barão de Paraguaçu desde 1849.
(366) Pedro Moniz Barreto de Aragão (1827-1894) era filho do Barão de Paraguaçu e viria mais tarde (1888) a receber o título de Barão de Rio de Contas.
(367) Egas Moniz Barreto de Aragão era outro filho do Barão de Paraguaçu. Mais tarde foi agraciado com o título de Barão de Moniz  de Aragão.

368) João Carlos Viana Navarro de Andrade era filho de Vicente Navarro de Andrade, 1º Barão de Inhomirim, médico da Imperial Câmara e amigo pessoal do primeiro imperador do Brasil, Dom Pedro I.



Quando diz "beijei o Santo Lenho" o Imperador refere-se a uma relíquia da madeira que,  conforme a crença católica, era da cruz em que Jesus Cristo foi crucificado.Há tantas "relíquias" espalhadas pelo mundo que daria para fazer uma floresta de cruzes. Tem valor puramente simbólico. 

(369) O Barão de Muritiba era Manuel Vieira Tosta (1807- 1896) que à época dessa visita de Dom Pedro II era Ministro da Justiça. Mais tarde o filho dele, 2º Barão de Muritiba, acompanharia a família imperial ao exílio, devido à proclamação da República. E a 2ª Baronesa de Muritiba venderia as próprias jóias para pagar o mausoléu de Dom Pedro II, que morreu  pobre em Paris, em 1891.

(370) O pregador a que se refere o Imperador, era Frei João do Carmo.
(371) Feira de Santana. 



Nesse último texto, Dom Pedro II refere-se a Egas Moniz Barreto de Aragão e Francisco Vieira Tosta, que o acompanharam a Feira de Santana.



NA PRÓXIMA POSTAGEM : A SEGUNDA ETAPA DA VISITA DE DOM PEDRO II A CACHOEIRA





sexta-feira, 23 de outubro de 2009

COMO ERA O PRIMEIRO ENGENHO A VAPOR DO BRASIL

Em 1815 era implantado na Ilha de Itaparica o primeiro engenho a vapor do Brasil, o que representou uma notável revolução tecnológica para a época. O Brasil ainda era uma colônia portuguesa e embora já abrigasse, desde 1808,  a Família Real no Rio de Janeiro,  não se registrava nenhum avanço considerável em sua economia.  A inovação trouxe muitas vantagens para o processo do fabrico de açúcar, que era então uma das  principais riquezas do Brasil. Não só em termos de economia da mão-de-obra escrava e de uma maior produção do açúcar, mas  porque oferecia menos riscos de acidentes de trabalho.

A iniciativa coube ao senhor de engenho Pedro Antônio Cardoso, que através de  seu cunhado  Felisberto Caldeira Brant e Pedro Rodrigues Bandeira (anos mais  tarde os dois implantariam o "Vapor de Cachoeira"), encomendou a "machina a vapor" junto à fabrica inglesa Walsh e Bolton. O empreendedorismo deles mereceu destaque no jornal Idade D´Ouro do Brazil, publicado em Salvador desde 1811. Confiram a leitura dessa edição toda dedicada ao assunto. O   jornal destaca o apoio dado à iniciativa pelo Governador da Bahia, o Conde da Ponte, e incita os demais senhores de engenho a também investirem em iseus empreendimentos.  A leitura é também uma curiosa viagem sobre o texto jornalístico - cheio de metáforas, citações filosóficas e grandiloquentes imagens  -  nos primórdios da imprensa brasileira.






 
 

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A CRIAÇÃO DO HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS NA VILA DE CACHOEIRA



Este é o Hospital São João de Deus, atual Casa de Misericórdia de Cachoeira. No postal, datado de 1905, Vicente Seixas cumprimenta o compadre e amigo cônego Elpídio Tapiranga, mandando-lhe uma recordação da sua cidade natal. O Monsenhor Tapiranga (1863-1932),   que dá nome à rua onde está o campus da Universdidade  Federal do Recôncavo da Bahia  (UFRB) e a sede da  filarmônica Lyra Ceciliana,  era cachoeirano  e foi um dos mais notáveis oradores do clero baiano, tendo sido vigário nas cidades baianas de Juazeiro, Abaré, Capim Grosso, na própria Cachoeira  e,  finalmente,  em Salvador, onde dirigiu por mais de 30 anos a Paróquia de Santo Antônio Além do Carmo. Ocupou diversos cargos na cúria diocesana e foi diretor do Apostolado da Oração. A sua eloquência e o poder de sua pregação tornaram-se lendários e o fizeram bastante requisitado para ser o ordaor nas principais cerimônias religisosas na Bahia. Escritor, foi membro da Academia de Letras da Bahia. Por ocasião do centenário de seu nascimento, a cidade de Salvador o homenageou com a colocação do seu busto em frente à igreja,  no bairro de Santo Antônio, centro histórico de Salvador.
   

O Hospital São João de Deus de Cachoeira é um dos mais antigos  do Brasil.   A sua história está registrada nos  Anais da Biblioteca Nacional, localizada no Rio de Janeiro. Ele foi criado como "beneplácito" do então Rei de Portugal Dom José I, "O Reformador".  O reinado  dele ficou conhecido na história como a era do Marquês de Pombal, que  recebeu poderes absolutos para implantar as reformas econômicas, sociais, políticas , educacionais religiosas que aproximaram Portugal das modernas nações européias. Nessa correspondência,  o Vice-Rei Conde dos Arcos, governador da Capitania da Bahia,  informa ao Ministro encarregado da administração das colônias portuguesas sobre a implantação e administração do hospital.


clique nas imagens para facilitar a leitura
(Volume 31 dos Anais da Biblioteca Nacional)


(Volume 32 dos Anais da Biblioteca Nacional)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

MARQUÊS DE POMBAL EXPULSA OS JESUÍTAS DO BRASIL E EXTINGUE O SEMINÁRIO DE BELÉM


Em 21 de julho de 1759 o Marques de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo) poderoso Secretário de Estado (cargo equivalente hoje ao de um primeiro-ministro) do Rei de Portugal, D. José I, expulsou de Portugal e de suas colônias os integrantes da Companhia de Jesus . No Brasil, todos os padres jesuítas foram presos e embarcados para Lisboa. E todos os bens móveis e imóveis da Companhia de Jesus (igrejas, seminários, imagens,  jóias, paramentos, engenhos, escravos, casas e livros ) foram confiscados. Na Bahia, entre os estabelecimentos fechados estavam o Colégio dos Jesuítas, na cidade de Salvador, e o Seminário de Belém, na Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira


Marquês de Pombal, o déspota esclarecido 

As instruções foram definidas diretamente do Reino e emitidas para o governo da Província. Nessa época Salvador era a capital do Brasil Colônia (seis anos mais tarde, em 1763 , Pombal a transfere para o Rio de Janeiro). Eis dois trechos, retirados do volume XXXI dos Anais da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro):


clique nas imagens




Igreja e Seminário de Belém, na Vila de Cachoeira

Há 250 anos era feito um inventário completo do Seminário de Belém. Todos os bens foram transferidos à Arquidiocese de Salvador, mais exatamente ao Cabido da Sé. Leiam este trecho do inventário.







Com a expulsão violenta dos jesuítas do império português, o Marquês determinou que a educação na colônia passasse a ser transmitida por leigos nas chamadas Aulas Régias. Até então, o ensino formal estivera a cargo da Igreja. Essa foi uma das medidas mais radicais tomadas pelo Marquês de Pombal, uma figura controvertida e fascinante da História. Conhecido como déspota esclarecido,  o  Marquês tinha poderes absolutos outorgados pelo Rei, desde que dirigiu pessoalmente a reconstrução de Lisboa, destruída por um terremoto e seguidos incêndios, em novembro de 1755.  Executou em seguida um vasto e profundo sistema de reformas estruturais que modificaram a economia, a política, a administração, o ensino e a religião  no país, fortalecendo os poderes reais mais que quaisquer  outros.

Embora tenha sido um produto do Iluminismo, quando aproximou Portugal das nações mais fortes e modernas da Europa ao promover arrojadas reformas, ao mesmo tempo Pombal conservou aspectos do absolutismo e do  mercantilismo, agindo com com intensa repressão,  e profunda impiedade para com os adversários e inimigos, para impor as suas decisões.

domingo, 11 de outubro de 2009

LIVRO HOMENAGEIA O VAPOR DE CACHOEIRA


Inspirado no lendário "Vapor de Cachoeira" o designer gráfico e ilustrador,  Enéas Guerra, co-autor com Pierre Verger,  de dois livros de lendas africanas,  está lançando o livro VAPORZINHO. Trata-se de um belíssimo trabalho, destinado não só ao público infantil,  mas voltado principalmente para recriar o clima de epopéia da navegação a vapor na Bahia.  A publicação, ricamente ilustrada com desenhos do autor, mostra tipos humanos característicos do Recôncavo que viajavam nos barcos a vapor, as  mercadorias  que eles conduziam, a importância econômica e cultural do vapor para a região, as comunidades ribeirinhas a saudar a passagem do barco através de vales verdejantes e o cenário das cidades colonias do Recôncavo.  Merece destaque especial a  maneira como o autor  insere os barcos a vapor na paisagem cultural, física e  principalmente  ambiental  do Recôncavo.

O lançamento será no  sábado (17/10/09) às 16 horas, na Galeria do Livro e Arte, situada na Rua Bartolomeu de Gusmão, bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

Ler O VAPORZINHO é como fazer uma viagem no tempo. Eis alguns trechos do livro :

                  (Clique nas imagens para facilitar a leitura, perdão, a viagem) 










Quem é o autor 







O

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

8 de Outubro de 1850 - NASCE TRANQUILINO BASTOS


Em Cachoeira (BA), no dia 8 de outubro de 1850 nasceu Manoel TRANQUILINO BASTOS, maestro, compositor, praticante do espiritismo, da homeopatia, sendo também vegetariano. Foi regente em seis filarmônicas baianas em Cachoeira, São Félix e Feira de Santana, tendo criado também a Lyra Ceciliana, de Cachoeira e a Lyra Sangonçalense, de  São Gonçalo dos Campos. Foi responsável pela formação de várias gerações de músicos que integraram diversas bandas musicais no interior da Bahia nos séculos XIX e XX. Escreveu artigos em jornais da onde pregava a a libertação dos escravos, a liberdade religiosa dos negros,  o respeito aos direitos humanos e , antecipando-se ao surgimento das lutas ambientalistas,  defendeu o respeito aos animais. Em 13 de Maio de 1988 saiu à noite pelas ruas de Cachoeira,  seguido por uma multidão, regendo a Euterpe Ceciliana  em comemoração à assinatura da Lei Áurea. Morreu em 1935, aos 85 anos.



Matéria sobre Tranquilino Bastos publicada no "Correio da Bahia"

(19/06/2000)

(clique para facilitar a leitura)



sábado, 3 de outubro de 2009

HÁ 190 ANOS COMEÇAVA A NAVEGAR O "VAPOR DE CACHOEIRA"

Em 04 de outubro de 1819, portanto, há exatamente 190 anos,   foi feita a viagem inaugural do "Vapor de Cachoeira", a primeira embarcação a vapor a circular na America do Sul. Foi uma revolução para a época. Ao longo das décadas seguintes  esse  meio de transporte  impactou significativamente a vida dos baianos, não  só pelo aspecto econômico mas,  principalmente, pelo que ele representou para a vida social e cultural da Bahia, entre o século XIX até meados dos anos 60  do Seculo XX.

Já na época colonial partiam de São Félix partiam três estradas para o interior do Brasil: a que seguia para Minas e daí para o Rio de Janeiro; a que seguia para a província de Goiaz e a Estrada das Boiadas, que seguia, via Jacobina, até o Piauy. Assim era abastecido e desbravado o grande sertão brasileiro.

Navegando pelos vales verdejantes do Recôncavo,  por entre ruínas de fortes e conventos da era colonial, foi testemunha do apogeu dos engenhos de açúcar  e ,  em seguida,  transportou  as riquezas geradas pelo cultivo e industrialização  do fumo, que fizeram a força econômica de Cachoeira e São Felix até a década de 1930.

 O Vapor de Cachoeira levava produtos manufaturados até o Recôncavo e daí eram levados em tropas de burros - e mais tarde de trem - para o Sertão. Na rota inversa, trazia para o litoral tudo o que o sertão produzisse.  No Império, foi o trem, que em Cachoeira interligava-se ao transporte fluvial, o grande impulsionador do desenvolvimento. Vir do sertão de trem até Cachoeira e daí seguir de vapor até Salvador era viagem que assumia ares de epopéia.   

A história dele tem várias fases. Veja nesse blog em postagens anteriores,  quem o construiu, como ele foi constrúido, a sua importância e alguns aspectos de sua presença no cenário econômico, social e cultural da Bahia.  E assim, o Vapor de Cachoeira tornou-se lendário.

A seguir, alguns registros visuais de sua existência, que foi eternizada na música, na literatura e na riqueza de nosso folclore.



(clique nas imagens para facilitar a leitura)
                                       

A primeira embarcação (1819)




Vista panorâmica do Cais de de Cachoeira, com o navio em primeiro plano 
(anos 20 do Sec. XX)


 




A cada partida ou chegada do "Vapor" era intenso o movimento no Cais de Cachoeira 

(anos 40 de Sec. XX)
 



 
O Vapor de Cachoeira se integrava plenamente à paisagem do Vale do Paraguaçu




A última embarcação a fazer o trajeto marítimo-fluvial entre Salvador e Cachoeira foi o navio Maragojipe (foto anos 60)